Reconstruções mamárias com expansores
Antigamente, os cancerologistas faziam amputação sempre muito amplas e radicais.
Hoje, os mastologistas (cancerologistas especializados apenas em doenças da mama), já podem fazer retiradas mais econômicas, em certos casos, devido à precisão dos diagnósticos e diagnóstico mais precoce da doença.
E é exatamente nesses casos quando, apesar de o mastologista retirar toda a mama, sobra na região tratada uma boa cobertura de pele e gordura, que o cirurgião plástico pode optar pela reconstrução, imediata ou tardia, com um expansor.
O que é um expansor ?
É um pequeno “saco de plástico” (silicone), oco, ligado por um fino tubo a uma válvula (de tamanho de uma moeda grande). Esse conjunto serve para ser colocado na área na qual se pretende “esticar” (expandir) a pele.
Uma vez colocado sob a pele e gordura da região da reconstrução, e as cicatrizes estejam consolidadas, inicia-se a expansão: injeta-se com agulha dentro da válvula (que também está sob a pele e é palpável) soro fisiológico, que faz com que o expansor se expanda até que a pele fique tensa, bem esticada. Aí finda a primeira sessão. Essas sessões se repetem em períodos semanais ou às vezes a cada 03 ou 04 dias, período necessário para que a pele relaxe (já se expandiu um pouco). Após cerca de dez sessões aproximadamente, atinge-se o máximo de expansão.
A cada injeção o expansor vai esticando pouco a pouco a pele e, provado está que a pele “esticada”, se multiplica a nível celular.
Exemplo disso é encontrado na natureza quando a mãe, depois das gravidezes, tem a pele do abdômen “distendida” a ponto de ficar flácida e sobrando.
Pois bem, provocamos uma “gravidez” sob a pele que se quer expandir, esticar, enfim, “ganhar” tecidos.
Ao retirarmos o expansor após ter atingido a plenitude de seu enchimento (60 a 90 dias após o início da expansão), a pele da região estará definitivamente esticada e flácida.
Nesse momento simplesmente substituímos o expansor por um implante de silicone definitivo.
Aquela pele que antes era justa e tensa e, não suportaria qualquer implante sob ela, pode agora suportar um implante de 300, 400, 600 ml ou mais, dependendo de cada caso.
O segundo tempo cirúrgico para o tratamento é a reconstrução do complexo aréolo-mamilar (CAM), que obedece aos mesmos padrões explicados anteriormente, nas outras técnicas de reconstrução.