Os cirurgiões plásticos se prepararam para as reconstruções totais da mama mas não estavam preparadas para as reconstruções parciais.
Assim quando os mastologistas começaram a adotar condutas mais conservadoras produzindo feridas menores nas mamas, chamada de quadrantectomias, embora muito menos traumáticos que as mastectomias radicais, o seu fechamento simples provocava resultados distorcidos e inaceitáveis esteticamente.
Esta técnica se aplica quando o mastologista retira um segmento da mama, geralmente agregado a um segmento da pele mais próxima ao tumor (ou mesmo sem este fragmento de pele). Para melhor visualização, imagine um orifício cilíndrico, profundo, na forma de um gargalo de garrafa que atravessa toda a mama, desde a pele até as costelas.
Neste momento o cirurgião plástico vai em alguma região do polo inferior da mama, de preferencia onde há exuberância ou “sobra” de tecido, onde a mama é caída, desenha e esculpe um “cilindro” de tecido com pele em seu topo(ou não, dependendo da ferida deixada pelo mastologista), e este cilindro fica preso ao plano profundo onde entram as artérias e veias, conferindo-lhe vida.
Após, o cirurgião fará com que a extremidade livre deste cilindro atravesse os tecidos sadios da mama por pequeno túnel, levando-o para preencher a área amputada como uma rolha que se encaixa no gargalo ou o pino de uma tomada que se encaixa em seu orifício. É o “PLUG”, que se encaixa como que se fosse no buraco de uma tomada.
Reparada a ferida originada pela retirada do tumor, acabamos de modelar a mama em sua melhor forma estética, buscando-se um bonito cone, harmonioso com a outra mama, usando-se as técnicas clássicas de plástica mamaria e, se necessário trabalhamos a mama remanescente para uma maior harmonia.
É técnica de extrema simplicidade que, depois de concebida, foi fundamentada por pesquisas anatômicas sobre os vasos que saem da parede do tórax, pesquisas estas desenvolvidas pelo Dr. José Carlos Daher e depois confirmadas por outros pesquisadores.
Com esta técnica, faz-se a retirada da área doente de forma conservadora e o paciente preserva sua mama em quase sua totalidade, melhorando na maioria das vezes sua forma.