OS RAIOS LASER
A tecnologia do laser é indubitavelmente o setor da medicina que mais avançou nos últimos tempos. Serve para destruição de cálculos intrarrenais e vária outras cirurgias endoscópicas.
Na medicina estética entrou como uma poderosa ferramenta para melhorar a textura da pele, inibir cicatrizes, tratar hemangiomas e mais recentemente, o Spectra nos permite retirar tatuagens, tratar as manchas faciais, os cloasmas gravídicos as micoses das unhas, nevus congênitos etc. além de melhorar o turgor da pele, fazendo-a mais jovial.
Os Lasers passaram a ser uma nova vertente que, embora não substitua a cirurgia plástica quando as deformidades já estão estabelecidas, são uma importante arama arma complementar. E se usado em pacientes mais jovens, que estão beirando o envelhecimento apresentando os primeiros sinais, certamente o adia e protela os sinais indesejáveis da idade.
Existem vários tipos de lasers. Citei inicialmente o Spectra por ser uma plataforma das mais modernas com excelentes resultados dermatológicos e cosmetológicos, abrangendo uma enorme gama de patologias e dentre elas principalmente as manchas da face e de outras partes do corpo, além de positivos aspectos do rejuvenescimento.
Já outros casos de alterações mais profundas da pele, pode ser indicado o Laser de Co2 que atua de maneira segura e mais profundamente, tendo como principal efeito secundário a hiperemia da região tratada, que pode persistir por alguns meses, porém regredindo sempre.
DEPILAÇÃO: É outra finalidade que podemos tratar com esta forma de energia. Ao ser aplicado sobre o pelo, estes absorvem o calor da LUZ PULSADA e esta energia é transmitida para o bulbo de cada fio, o eliminando. É um processo extremamente interessante e eficiente para se eliminar alguns pelos ou todos os pelos de uma região que se pretende tornar glabra.
OS PREENCHIMENTOS
Um dos grandes desafios para o cirurgião plástico é preencher as depressões ou os vazios da superfície corporal.
Classificamos as substâncias de preenchimento em substâncias haloplásticas (materiais sintéticos estranhos ao organismo) que podem ser inabsorvíveis e absorvíveis e as autólogas (que são tecidos do próprio organismo do paciente, como a gordura, fascia, etc).
Preenchimentos aloplásticas inabsorvíveis
Tentou-se no passado a injeção de silicone líquido, o que foi abandonado pois esta prática mostrou uma série de complicações como inflamações locais etc.
Depois disto surgiu o PMMA, um produto também inabsorvível e muito interessante. Além de ser supostamente inerte no organismo, não se espalhava para as regiões vizinhas causando as reações inflamatória do silicone líquido. O PMMA foi muito usado e com bons resultados, desde que usado dentro de uma técnica de consenso que limitava a quantidade injetada a pequenas doses e aplicado profundamente. Estas eram as limitações que conhecíamos.
Entretanto o uso do PMMA se disseminou rapidamente e passou ase usado por esteticistas ou pessoas de outras especialidades da área de saúde e surgiram no mercado vários produtos similares vendidos com “genéricos” do PMMA. Começaram a surgir várias complicações e algumas delas graves. Alguns questionaram se estas complicações são efetivamente da substância POLIMETILMETACRILATO (PMMA), ou se seriam da técnica inadequada de uso associada à possibilidade de produtos adulterados vendidos como tal e sem a devida inspeção sanitária. Esta dúvida persistiu e persiste posto que para dirimí-la seriam necessários longos e dispendiosos estudos da indústria farmacêutica. Alega-s em favor do PMMA que as substâncias similares produzidas nos EEUU, não mostraram lá as mesmas complicações aqui descritas.
Hoje, o PMMA continua um produto registrado na ANVISA e acreditamos que se tiver procedência do fabricante atualizada naquele órgão e se usado em pequenas quantidades e com boa técnica (planos profundos da região tratada), é um excelente recurso para os preenchimentos menores para se corrigir pequenos defeitos nas diferentes regiões da face, fronte, nariz, região geniana etc.
Pode também ser usados na recomposição do volume das bochechas que ficam drasticamente encovadas nos paciente portadores de AIDS e com tratamento por uso dos retro virais. É indicado em vez da hidroxi-apatita, um bom produto também inabsorvível, muito usado em diversos outros países.
Preenchimentos aloplásticos absorvíveis
Os produtos inabsorvíveis, uma vez colocados na intimidade dos tecidos, dificilmente são resgatáveis pois eles ali se entranham. Por esta razão procurou-se substância que, mesmo sabendo-se que permanecerão temporariamente preenchendo os vazios da superfície corporal, tem uma duração razoável, podendo ser repostos quando de sua absorção.
Surgiram então vários produtos naturais ou sintéticos, que tiveram seu início com o ácido hialurônico. Este marcou época e ainda hoje é muito usado. Tem a característica de poder ser aplicado superficialmente ou mesmo intradérmico para preenchimento dos vazios e depressões tais como as rugas dos sulcos nasogenianos (bigode chinês), e também as rugas finas que acometem os lábios ou a região dos olhos com pés de galinha. Este produto usado há mais de 30 anos, só tem o inconveniente de reações alérgicas em raros pacientes, que devem ser tratadas aos primeiros sintomas.
Depois, surgiram novos produtos com maior ciscosidade que podem dura de um a dois anos e indicados para as mesmas finalidades. Porém com esta maior duração já se pode planejar o aumento das maçãs do rosto, preenchimento do vale das lágrimas, alargamento da mandíbula, etc.
As indicações precisas de que produto usar e o planejamento nestas várias indicações deve ser feita pelo médico cirurgião plástico ou por dermatologista agregado a serviço de cirurgia plástica, quando se estudará cada paciente.
Preenchimentos autólogos
Muitos tecidos humanos tirados do próprio indivíduo foram tirados para se preencher depressões, irregularidades, sulcos de envelhecimento etc. Entretanto tudo ficou obsoleto depois que, nos tempos atuais está em franco uso os ENXERTOS DE GORDURA.
Os enxertos de gordura São na verdade um maravilhoso sub produto das lipoaspirações. Esta técnica desenvolvida pelo cirurgião francês Yves Gérard Yllouz, produzia enormes quantidades de gordura que retirada, era automaticamente descartada. Na era das células tronco, descobriu-se que o tecido gorduroso era riquíssimo nestas células. O tecido gorduroso era fonte abundante de células tronco.
Passou-se então a usar enxertos de gordura para quase tudo, já que tínhamos a gordura como sub produto das lipos, já que não haviam contra indicações.
Desenvolveu-se processos de preparação desta gordura na pré injeção, para que a absorção fosse menor. E o que é mais importante foi a descoberta que mesmo em havendo absorção da gordura enxertada, esta absorçao não era total, ou seja, parte dela sempre era agregada ao organismo, sugerindo que aplicações sucessivas levariam a um preenchimento maior e definitivo.
Desta prática mais disseminada, relatada e discussões e congressos, resultou a certeza de que a gordura injetada sob a pele tem um efeito tonificante e rejuvenescedor da pele, se injetado sob cicatrizes duras, amolece as cicatrizes, passou a ser um recurso a mais para melhoria das cicatrizes de queimaduras, serviu para recompormos os volumes que perdemos na face com a idade, preenchendo maçãs do rosto, os ‘’bigodes chineses’’, as rugas do canto da boca, melhorando a espessura e a qualidade da pele dos lábios etc, etc.
Os enxertos autólogos de gordura têm baixíssimo risco de complicação e são hoje uma grande ferramenta para o rejuvenescimento e uma grande esperança para o futuro, pela sua riqueza em células tronco.