Como recuperar a forma e autoestima após o parto
Após a gestação e o tão sonhado nascimento do filho, a mulher vai retomando, aos poucos, a sua vida de antes, com todas as alterações que a maternidade traz. O que foi um momento de plenitude onde até os quilos a mais representavam a total felicidade e o sentimento de estar cada dia mais bonita começa a ter outro significado, com os hormônios ainda atuando no organismo feminino e com os olhares que se voltam para um novo corpo que nasceu junto com a maternidade.
Além de todas as questões emocionais e hormonais pelas quais as mulheres passam neste período, ainda precisam se deparar com essas mudanças corporais que podem se estender por um tempo ainda após o parto. Quando a mulher percebe que o retorno à antiga forma está demorando mais do que ela esperava ou desejava é o momento em que começa a pensar na cirurgia plástica para acelerar esse processo. E surgem as dúvidas, tanto em relação aos resultados quanto ao tempo em que precisam esperar após o parto para tais procedimentos.
Para o cirurgião plástico Dr. José Carlos Daher, chefe de cirurgia plástica do Hospital Daher Lago Sul, em primeiro lugar é preciso pensar no que o parto e todo esse processo representam na vida de uma mulher. Ele lembra que em algum momento da vida da maioria delas, a finalidade principal é a procriação. Por esse motivo, essa fase precisa ser vista de maneira especial. E para que o sonho não se torne um grande incômodo no pós parto, em relação ao novo corpo, o mais importante, de acordo com o médico, é que a mulher controle o seu ganho de peso. A média esperada que a mulher aumente no decorrer dos meses da gravidez é cerca de 9 quilos. “Mas sabemos que uma grande maioria delas engorda mais, 12, 15, 20, algumas chegam a aumentar 30 quilos. E isso vai dificultar muito o retorno ao peso e ao corpo de antes da gravidez”, completa o Dr. Daher.
O cirurgião plástico explica que existem três pontos principais de modificação do corpo feminino durante a gravidez que podem incomodar as mulheres após o parto: a distensão da parede abdominal, o aumento das mamas com o processo de amamentação e a distribuição desigual de gordura pelo corpo. Quando a mulher engorda muito, por exemplo, ela pode ter a chamada diástase abdominal que é quando os 2 músculos reto abdominais se afastam. Estes músculos são os que mantêm o abdômen tenso e côncavo nas mulheres magras. Quando a distensão durante a gravidez é muito grande pode ser irreversível. E em alguns casos, somado a isto, pode haver uma “sobra” de pele após o nascimento da criança.
Em relação à amamentação, temos o fato claro de que os seios crescem pela produção do leite e ingurgitamento mamário, o excesso de leite nas mamas, tudo isso para que possa acontecer o processo naturalmente, tão importante para mãe e filho. “Pensa-se que amamentar faz cair o seio, mas não é verdade, amamentar é saudável, bonito e útil para a criança, a mãe transmite todos os nutrientes dela para o filho, o que faz cair a mama é o aumento do volume dos seios pela produção normal de leite, agravado pelo ganho de peso exagerado”, explica o Dr. Daher. Por isso, ele defende que a mãe amamente até os seis meses, pelo menos, e até mais de um ano ou até mais de dois, como prevêem os órgãos de saúde. Ele também lembra que não é possível controlar o aumento da mama em relação à produção de leite, mas, em relação ao ganho de peso sim, e isso pode fazer toda a diferença.
Sobre a distribuição desigual de gordura, normalmente ela se instala no abdômen e nos flancos, os famosos “pneuzinhos”, fazendo com que a mulher perca o desenho dos quadris e das nádegas, motivo de muita insatisfação. Mas, para saber o que ficou mesmo de definitivo após o parto, a mulher precisa esperar de 6 a 8 meses, que é quando o corpo volta ao normal. É nesse momento que a mulher pode resolver, junto com o seu cirurgião plástico de confiança, quais procedimentos podem ser feitos.
Uma das opções seria a abdominoplastia. Mas, de acordo, com o Dr. José Carlos Daher, o procedimento não é recomendado para mulheres que tiveram seu primeiro filho e ainda pretendem ter mais ou ainda não decidiram. Nestes casos, o ideal, de acordo com ele, é a lipoescultura, que é a retirada de gordura de um local onde está “sobrando” para ser colocada em outra parte do corpo. “Este tipo de cirurgia é utilizado, inclusive, nas pacientes mais jovens”, lembra o Dr. Daher.
Em relação à mama, qualquer procedimento deve ser feito apenas após a amamentação, já que, enquanto a mulher amamenta, tudo o que ela ingere seja comida, bebida ou remédios, é repassado para o bebê.
A mulher, quando engravida, precisa estar atenta e tentar, como já falamos anteriormente, controlar o ganho de peso, pois, dessa forma, com uma alimentação saudável, balanceada e a prática de exercícios físicos, a possibilidade do corpo voltar mais rapidamente ao que era é bem maior. Mas, se isso não acontecer, de acordo com as informações do Dr. José Carlos Daher, que atende diversas mulheres após o parto em seu consultório, é possível reconquistar o corpo de antes da gravidez e até melhorá-lo. Neste processo, a autoestima também ganha pontos. E sempre lembrando que a gestação e o parto são momentos únicos na vida de uma mulher e devem ser vividos plenamente. E a cirurgia plástica possibilita que a mulher continue se sentindo maravilhosa enquanto vive este verdadeiro milagre que é a maternidade.
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